segunda-feira, 19 de outubro de 2009

QUANDO O CIÚME VIRA DOENÇA.




Você sente ciúme? Para você o ciúme é uma prova de amor? Você já perdeu a cabeça por causa de uma crise de ciúme? Certamente a resposta da maioria das pessoas para, pelo menos, uma dessas perguntas será “sim”. Mas, você sabia que o excesso de ciúme pode se transformar em uma patologia e trazer sérios transtornos ao seu dia-a-dia?

“Todos nós, algum dia, já sentimos ou ainda sentiremos ciúmes. Este é um sentimento de caráter instintivo e natural. Ciúme nada mais é do que uma mistura de pensamentos, sentimentos e ações que se apresentam diante às ameaças de um relacionamento. Estas ameaças são geradas pela percepção de uma real ou potencial atração entre o parceiro e uma terceira pessoa, um rival (real ou imaginário). Ele também está ligado à falta de confiança no parceiro e/ou em si próprio”, explica a Psicóloga Mariana Plaisant.

Segundo a Dra. Mariana, esse vilão de muitos relacionamentos pode se apresentar de duas diferentes maneiras: “O ciúme pode ser considerado sadio quando encontra um caminho de expressões aceitáveis e adequadas, ou, ainda, patológico, quando acarreta inúmeras emoções e pensamentos irracionais e perturbadores, além de comportamentos inaceitáveis que causam danos, muitas vezes, irrecuperáveis ao ciumento e a seu parceiro”.

O maior problema, entretanto, está no fato de que esses danos irrecuperáveis podem estar diretamente ligados a sua saúde: “Muitos ciumentos podem apresentar o que se chama de ‘comportamentos de verificação’, como ligar constantemente, fazer perguntas excessivas para verificar se o parceiro estava falando a verdade, checar e-mails ou ligações e recados no celular, procurar bilhetes em roupas, etc. Tais comportamentos estão muito próximos aos sintomas compulsivos, presentes no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)”, completa a Psicóloga.

Sobre aquela velha história de que o ciúme é capaz de cegar as pessoas, Dra. Mariana alerta: “Tomadas pelo ciúme, as pessoas interpretam evidências de infidelidade, partindo de atos irrelevantes. Nesse caso, diferentes emoções são vivenciadas, tais como a ansiedade, depressão, raiva, vergonha, insegurança, humilhação, perplexidade, culpa, aumento do desejo sexual e desejo de vingança. Essa pessoa carrega uma forte pressão emocional, sempre prestes a explodir, e apresenta um modo distorcido de vivenciar o amor, para ele um sentimento depreciativo e doentio”.

Por isso, se você sofre com o excesso de ciúmes e não consegue manter uma relação pacífica e harmônica com o parceiro, tome cuidado. Procurar a ajuda de um especialista e buscar entender os seus próprios sentimentos pode ser uma boa saída para vocês!

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