Ó, morte! Ó, serena majestade!
Tu, de quem fazem um espantalho,
és para o pensador apenas um momento de descanso,
a transição entre dois atos do destino
dos quais um se acaba e o outro se prepara!
Quando minha pobre alma,
errante há tantos séculos pelos mundos,
depois de tantas lutas,
contratempos e decepções,
depois de muitas ilusões desfeitas e de esperanças adiadas,
for repousar de novo em teu seio,
será com alegria que irá saudar a aurora da vida fluídica.
Cheia de admiração e encantada,
se elevará do pó terrestre,
através dos espaços insondáveis,
em direção àqueles a quem amou neste mundo e que a esperam.
Léon Denis
Nenhum comentário:
Postar um comentário