sexta-feira, 5 de junho de 2009




Ó, morte! Ó, serena majestade!

Tu, de quem fazem um espantalho,
és para o pensador apenas um momento de descanso,
a transição entre dois atos do destino
dos quais um se acaba e o outro se prepara!

Quando minha pobre alma,
errante há tantos séculos pelos mundos,

depois de tantas lutas,

contratempos e decepções,

depois de muitas ilusões desfeitas e de esperanças adiadas,

for repousar de novo em teu seio,

será com alegria que irá saudar a aurora da vida fluídica.

Cheia de admiração e encantada,

se elevará do pó terrestre,

através dos espaços insondáveis,

em direção àqueles a quem amou neste mundo e que a esperam.


Léon Denis

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